TRABALHO POLICIAL E SÍNDROME DE BURNOUT

UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

O presente artigo tem como escopo geral demonstrar como a vida laboral dos profissionais que atuam na área de segurança pública, em especial a dos policiais militares, está permeada por situações que envolvem estresse extremo. Esse fato pode gerar possíveis quadros de desequilíbrio mental e emocional e, consequentemente, um incremento nos casos patológicos de Síndrome de Burnout. Para isso, foi utilizada a revisão integrativa com o objetivo de realizar uma busca na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram considerados os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH): “Polícia” e “Burnout”. Após a realização da busca, foram encontrados 87 estudos. O detalhe da pesquisa foi o seguinte: polícia AND burnout AND (fulltext:("1")). Por essa apresentação, vinculada aos bancos de dados conveniados à BVS, verificou-se a seguinte distribuição de resultados: MEDLINE (52); LILACS (20); Index Psicologia - Periódicos (6); BDENF - Enfermagem (3); IBECS (3); LIPECS (2) e Sec. Est. Saúde SP (1), aos quais foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão. Filtrando os trabalhos com texto completo, redigidos no idioma português e publicados nos últimos 10 anos, o resultado foi uma amostra final contendo 13 estudos. Retirando a repetição dos artigos que foram publicados em mais de uma base de dados, chegou-se ao resultado final de 11 trabalhos. Com isso, concluiu-se que fatores como – cargas horárias exaustivas, más condições de trabalho, deficiência no dimensionamento de pessoal, poucos recursos materiais, desvalorização e baixa remuneração, associados aos riscos inerentes do desempenho da atividade policial, aumentam o risco de desenvolvimento da Síndrome de Burnout, o que certamente causa efeitos deletérios à saúde mental desses trabalhadores.